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CREA-CE adere à campanha S.O.S Jaguaribe



O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Ceará, Engenheiro Civil Emanuel Maia Mota, recebeu em seu gabinete o Engenheiro Civil e ambientalista Ítalo Diógenes que está à frente de um importante projeto de preservação, conservação e sustentabilidade do Rio Jaguaribe. O CREA-CE aderiu à campanha: "S.O.S Jaguaribe - Comitê em defesa do rio. Se não há mais jaguar, se salve o rio". O presidente Emanuel têm dado especial atenção aos engenheiros ambientais e sanitaristas, engenheiros florestais e às propostas que visam proteger nossos recursos naturais. "No Rio Jaguaribe e os equipamentos de Engenharia que fazem parte dele, como barragens, projetos de irrigação e tanques de criação de pescados, por exemplo, nós temos o trabalho de engenheiros civis, engenheiros mecânicos, engenheiros eletricistas, engenheiros de produção, engenheiros agrônomos, geógrafos, geólogos, meteorologistas, engenheiros florestais, engenheiros ambientais e sanitaristas, engenheiros de pesca, ou seja, uma grande representação de profissionais do Sistema CONFEA/CREA e MÚTUA. Por isso resolvemos nos engajar nessa campanha. Também é nosso dever, como profissionais da tecnologia, salvar o nosso meio ambiente", disse Emanuel Mota.


O Engenheiro Civil Ítalo Diógenes é um profundo conhecedor do Rio Jaguaribe. Ele vem desenvolvendo estudos sobre o processo de assoreamento do manancial há 18 anos. Segundo Ítalo "o projeto Salve o Rio Jaguaribe é demandado pela própria sociedade civil organizada através de mais de 30 organizações e entidades ribeirinhas entre associações de moradores, OAB, universidades, todas juntas irmanadas no desejo de preservação do Rio Jaguaribe". Através dos seus estudos sobre o manancial, Ítalo Diógenes chegou à uma conclusão: "o projeto requer que seja criada uma política pública de proteção permanente do Rio Jaguaribe. Por isso estamos buscando esse singular apoio do CREA-CE, da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará e de órgãos governamentais para que isso possa acontecer e, assim, a gente possa ter condutas de práticas corretas e sustentáveis para que a gente possa preservar o Rio Jaguaribe", esclareceu o Engenheiro Civil.


O Rio Jaguaribe é o maior do Ceará. Um dos maiores do Brasil e até 1984, antes dele ser perenidade, era conhecido na literatura com o maior Rio seco do mundo. Ele foi perenidade pelo Orós e depois com o advento da inauguração do Açude Castanhão, em 2002, houve uma maior conotação. O grande desafio dos estudos preliminares realizados pelo Engenheiro Ítalo, que fez visitas a diversos pontos e em, praticamente, todas as regiões desde o Sertão Central é eliminar algumas dúvidas quanto o curso do Jaguaribe. O que se sabe, no senso comum, é que Rio Jaguaribe nasce na Serra da Joaninha, em Tauá, e percorre 81 dos 184 municípios do estado do Ceará o que mostra sua enorme capilaridade. Mas há quem defenda que o Jaguaribe nasce no município de Oedra Branca. O Rio Jaguaribe é um dos maiores recursos pluvias do Ceará já que todas as outras bacias caem dentro dele e ele vai vai levar para o mar, na sua foz que fica em Fortim. São 635 km para uns e 633 km para outros.


Mas independente de onde seja sua nascente e o tamanho da sua extensão uma coisa é certa, segundo o estudo feito pelo Engenheiro Civil Ítalo Diógenes, o Rio Jaguaribe está pedindo socorro. "O Rio Jaguaribe tem muitas áreas degradadas. As comportas do Castanhão foram abertas em 2004 e por um período de quatro a cinco horas foram liberados cerca de 200 metros cúbicos por segundo. Isso já ocasionou uma alta do nível das águas do rio. Em 2009 foi registrado um dos melhores invernos que já tivemos com mais de 1.300 milímetros fazendo o Castanhão chegar a 97% da sua capacidade. Os engenheiros resolveram abrir as 12 comportas do açude para mitigar possíveis riscos. Dessa vez com a liberação de 600 a 800 metros cúbicos por segundo. Foi um verdadeiro turbilhão de água. O Rio Jaguaribe aumentou mais uma vez o seu nível em força, volume, altura e capilaridade. Isso fez aumentar também o assoreamento do rio nas áreas ribeirinhas com a devastação das matas ciliares. A exploração rural e urbana desordenada estão matando o rio. Ele precisa da nossa proteção", alerta o Engenheiro Civil Ítalo Diógenes.


Assessoria de Comunicação do Crea-CE

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